É uma doença rara, caracterizada por grandes cavidade de sangue no interior do fígado. É caracterizada por cavidades preenchidas por sangue que estão distribuídas randomicamente pelo lóbulo hepático.
A causa é indeterminada.
Uso de anabolizantes e doenças crônicas, principalmente em pacientes imunocomprometidos, como em tratamento de AIDS, quimioterapia e doenças autoimunes. As drogas mais frequentes que causam a peliose hepática são os esteroides androgênicos (anabolizantes), principalmente se utilizados por muitos meses. Outras drogas incluem azatioprina, 6-tioguanina, cloridrato de vinil e derivados do arsênico.
É mais comum em adultos jovens. Aproximadamente de 75% dos casos ocorre em homens, de todas as idades, mas especialmente em adolescentes.
Os pacientes podem ser assintomáticos, ou se apresentar com aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia), febre, sinais de hipertensão do sistema porta (ascite, varizes de esôfago, esplenomegalia) e até mesmo insuficiência hepática.
Exames de Sangue: Na peliose hepática, os níveis de transaminases estão aumentados. Os níveis de fosfatase alcalina, gamaglutamiltransferase (GGT) e bilirrubina também podem estar elevados.
Ecografia: Demonstra múltiplas áreas hipoecóicas, de diferentes tamanhos.
Tomografia e ou Ressonância: Quando realizados com contraste, visualizam múltiplas lesões com presença de sangue no seu interior.
Biópsia do Fígado: É contraindicada devido ao risco de sangramento.
Pode acontecer a ruptura destas cavidades com sangue, levando a sangramento para o interior do fígado ou para a cavidade abdominal.
O tratamento consiste em identificar e interromper a possível causa da peliose. O tratamento é suportivo, ou seja, através de medicamentos para dor e diuréticos.
Se não houver complicações ao momento do diagnóstico, as lesões tendem a reverter com a interrupção do uso dos esteroides.
Evitar o uso de anabolizantes.