É uma infecção pelo vírus da hepatite D (vírus delta), que pode ser aguda ou crônica, afetando o fígado.
É uma infecção viral. Somente pacientes infectados pelo vírus da hepatite B, podem ter hepatite D.
Para que aconteça a infecção pelo vírus da hepatite D, o paciente tem que possuir hepatite B. Estima-se que aproximadamente 5% dos pacientes com hepatite B, possuem também infecção pelo vírus D. A transmissão não é visível, e se dá através das mucosas e contato. A transmissão entre membros da mesma família é comum, e é facilitada pela falta de higiene. Países em desenvolvimento e com níveis socioeconômicos mais baixos são mais afetados. Também é transmitida da mesma forma que o vírus da hepatite B, ou seja, durante sexo sem camisinha, durante o parto, em compartilhamento de seringas ou por sangue não tratado em transfusões.
Mais comum no leste europeu, mediterrâneo, América central. Estima-se que aproximadamente 5% dos pacientes com hepatite B, possuem também infecção pelo vírus D, totalizando aproximadamente 15 milhões de pessoas no mundo.
Os sintomas podem variar de uma hepatite aguda leve até insuficiência hepática, sendo muitos pacientes portadores assintomáticos. Pacientes com hepatite B, usuários de drogas ou provenientes de regiões endêmicas, em que há uma piora abrupta dos sintomas ou com sintomas mais graves de hepatite, devem ser testados para hepatite D. A infecção pode ocorrer como confecção (simultaneamente com o vírus da hepatite B) ou como uma forma de superinfecção (portador crônico da hepatite B que então se infecta com o vírus da hepatite D), essa última de pior prognóstico, podendo ser severa com hepatite fulminante.
O diagnóstico é realizado através de exames de sangue, e para adquirir a hepatite D, o paciente tem que possuir hepatite B.
Exames de Sangue: Alteração de exames da função do fígado como o TGO e o TGP pode ser encontrada, principalmente na fase aguda. Geralmente os valores de TGO e TGO são pouco elevados. A bilirrubina também pode se elevar em graus variados, mas geralmente podem indicar que já existe a presença de cirrose. A fosfatase alcalina e o GGT também podem estar pouco elevados.
Sorologia: Devido à dependência de o paciente possuir hepatite B, o HBsAg é positivo. O exame HDAg positivo determina que o paciente possui hepatite D. O anti-HDAg indica infecção crônica pelo vírus da hepatite D. O PCR quantitativo ou qualitativo do HDV RNA, detecta o vírus.
Ecografia: Não ajuda no diagnóstico da hepatite D. É utilizada para descartar a presença de outras doenças. Pode demonstrar sinais de cirrose, mas não determina a causa da doença.
Fibroscan: Avalia o grau de fibrose do fígado, sem necessidade de biópsia. Mas não determina a causa da fibrose ou cirrose.
Biópsia Hepática: Pode ajudar a determinar o grau de comprometimento de uma doença do fígado. Pode diagnosticar o vírus da hepatite D através de imunohistoquímica.
Tomografia e ou Ressonância: Não ajuda no diagnóstico da hepatite D. É utilizada para descartar a presença de outras doenças. Pode demonstrar sinais de cirrose, mas não determina a causa da doença. O seu médico irá determinar se há necessidade de solicitar um destes exames.
Uma pessoa pode ser infectada simultaneamente com o VHD e o VHB, ou só contrai esta doença quando já tem hepatite B. No caso de uma confecção, a hepatite D aguda pode ser severa, ou mesmo fulminante, no entanto, raramente evolui para uma forma crônica. Em caso de uma superinfecção em pacientes que já possuem hepatite B, que provoca hepatite crônica em 80 por cento dos casos, dos quais 40 por cento evoluem para cirrose.
No tratamento da hepatite D, podem ser utilizadas diversas medicações, como o interferon e o adefovir. O seu médico irá determinar a necessidade e o tipo de tratamento.
A hepatite B e a hepatite D podem levar o paciente a uma cirrose.
Como a hepatite D só acomete pacientes com hepatite B, a prevenção é através da vacinação para hepatite B.