Os cistos hepáticos ciliados são estruturas originadas do desenvolvimento embrionário anormal. Eles são raros e benignos, mas que necessitam de tratamento quando sintomáticos ou ao sofrerem malignização.
O cisto ciliado é formado de um desenvolvimento embrionário anormal.
O cisto ciliado surge durante a vida intrauterina, na formação dos órgãos abdominais.
A grande maioria dos pacientes não possui sintomas, e o diagnóstico é realizado de forma incidental. Quando de grande tamanho, podem apresentar desconforto, náuseas e dor abdominal, porém é difícil caracterizar se os sintomas são devido ao cisto ou não. O tamanho pode varia de 0,4 a 10 cm.
O diagnóstico na maioria das vezes é feito através de exames de rotina, como uma ecografia.
Exames de Sangue: Alterações de exames da função do fígado raramente são encontradas. Caso haja alguma alteração, é necessário verificar outras causas para as alterações laboratoriais. Os marcadores tumorais como a alfa-fetoproteína, CEA e CA19-9 estão inalterados.
Ecografia: Ao ultrassom aparece como um nódulo hipoecóico (mais escuro que o restante do fígado), bem delimitado, arredondado, uniloculado, com paredes um pouco espessadas, no segmento IV do fígado. O interior evidencia um conteúdo mais espesso. Na maioria dos casos, com uma ecografia bem realizada pode ajudar a fazer o diagnóstico.
Tomografia e ou Ressonância: são indicadas quando existe alguma dúvida diagnóstica. Pode mostrar lesões maiores do que 0,5 cm. A tomografia ou a ressonância do abdômen auxiliam a determinar o tamanho e a localização do cisto e permite avaliar a saúde do restante do fígado. O cisto ciliado aparece como uma lesão bem delimitada, com líquido com densidade de água no seu interior. O interior do cisto não capta contraste, e a grande maioria é uniloculado.
Biópsia do cisto ciliado: Raramente é necessária. Mesmo quando há duvida diagnóstica, raramente é indicada.
Extremamente infrequentes, mas existe um baixo risco de malignização. A taxa de malignização não está determinada, mas provavelmente de 5%.
O tratamento é controverso. Possui um risco muito baixo de malignização, sendo que alguns centros indicam ressecção e outros somente o acompanhamento. O mais importante é estar o mais correto possível no diagnóstico. A imensa maioria não requer tratamento.
Para cistos > 4,0 cm, é prudente monitorar com ecografia para avaliar se há modificações. É prudente fazer novo exame em 4-6 meses, e depois 6-12 meses depois. O aumento de tamanho ou a presença de sintomas pode estar relacionado à neoplasia cística mucinosa (cistoadenoma ou cistoadenocarcinoma), ou outras neoplasias císticas.
É uma lesão benigna, e raríssimas vezes há risco de malignização. Provavelmente menos de 20 casos de malignização no mundo.
Não existem recomendações para evitar o aparecimento de cistos ciliado.