Atualmente é chamado de neoplasia cística mucinosa não invasiva. São tumores císticos raros que se formam dentro do fígado, e infrequentemente nos canais biliares extra-hepáticos.
O porquê da formação de um cistoadenoma não está determinado. Não está confirmado se o uso de anticoncepcionais ou a gravidez tenham relação.
Existe o risco de virar um câncer.
Muito raro. É mais comum em adultos, principalmente mulheres (85%). Idade geralmente de 40 a 50 anos. Corresponde a menos de 5% das lesões císticas hepáticas
Estas lesões podem atingir grande tamanho. Os sintomas mais comuns são massa abdominal, desconforto ou dor, e anorexia, por muitos anos antes do diagnóstico. Alguns pacientes não possuem sintomas, e o diagnóstico é realizado de forma incidental.
O diagnóstico definitivo só é feito após a retirada do cistoadenoma. Importante fazer a diferenciação com cistos simples, cisto hidático e cistoadenocarcinoma. Geralmente são únicos e de grande tamanho, 10 a 20 cm.
Exames de Sangue: Alterações de exames da função do fígado raramente são encontradas. Caso haja alguma alteração, é necessário verificar outras causas para as alterações laboratoriais. Os marcadores tumorais como a alfa-fetoproteína, CEA ou CA19-9 estão na maioria das vezes inalterados.
Ecografia: Ao ultrassom aparece como um nódulo hipoecóico, (mais escuro que o restante do fígado), irregular, com as paredes espessadas, e pode apresentar nódulos na parede. Apresenta septações, e debris no interior do cisto. Estes achados também podem ser encontrados em cistos complicados. Geralmente são únicos, podendo ser uni ou multilocular.
Tomografia e ou Ressonância: são indicadas quando existe alguma dúvida diagnóstica. Demonstram uma lesão cística, uni ou multilocular (mais frequente), podendo ter septações. A parede do cisto geralmente é espessa e ou irregular. No cisto simples, a parede é fina, regular, sem septações. O seu médico irá determinar se há necessidade de solicitar um destes exames.
Biópsia do cistoadenoma: É contraindicada. Raramente pode ser utilizada quando há dúvida diagnóstica. O líquido possui coloração chocolate ou avermelhada. Níveis de CA 19-9 e CEA frequentemente estão aumentados no líquido do interior do cisto, mas raramente é indicada a punção do mesmo, devido ao risco de disseminação.
Risco de malignização de até 15%.
O mais importante é estar o mais correto possível no diagnóstico. O tratamento é cirúrgico, com resseção de todo o cisto, com ou sem hepatectomia. A resseção parcial é contraindicada devido à recorrência e piora do prognóstico. Na suspeita de malignidade, como o cistoadenocarcinoma, a hepatectomia com margens livres é indicada.
O prognóstico após a ressecção adequada é excelente, atingindo a cura.
Não existem recomendações para evitar o aparecimento de cistoadenomas no fígado.