É um nódulo benigno, composto principalmente por vasos sanguíneos.
O porquê da formação de um hemangioma não está determinado.
Não existe risco de virar um câncer. Hemangiomas podem aumentar de tamanho durante a gravidez ou com reposição de estrogênio.
É a lesão benigna mais comum do fígado. Em autopsias é possível constatar que aproximadamente até 20% da população possui hemangiomas. É mais comum em mulheres. É diagnosticado comumente em pacientes jovens de meia idade. Em mulheres não é raro serem múltiplos e maiores do que em homens.
A grande maioria dos pacientes não possui sintomas, e o diagnóstico é realizado de forma incidental. Alguns pacientes possuem dor abdominal, porém é difícil caracterizar se os sintomas são devido ao hemangioma. Raramente causam dor quando menores que 5 cm. Ruptura com hemorragia é extremamente raro.
O diagnóstico na maioria das vezes é feito através de exames de rotina, como uma ecografia. A grande maioria possui menos do que 5 cm, mas casos de até 30 cm já foram relatados. Frequentemente são múltiplos. Quando menores do que 1 cm pode ser difícil à diferenciação com outras lesões benignas, como o adenoma ou a hiperplasia nodular focal.
Exames de Sangue: Alteração de exames da função do fígado raramente é encontrada. Caso haja alguma alteração, é necessário verificar outras causas para as alterações laboratoriais. Os marcadores tumorais como a alfa-fetoproteína ou o CA19-9 estão inalterados.
Ecografia: Pode diagnosticar um nódulo hepático. Ao ultrassom aparece como um nódulo hiperecóico (mais branco que o restante do fígado), bem delimitado, arredondado.
Tomografia e ou Ressonância: São indicadas quando existe alguma dúvida diagnóstica. Pode mostrar lesões maiores do que 0,5 cm. A tomografia ou a ressonância do abdômen auxiliam a determinar o tamanho e a localização do nódulo e permite avaliar a saúde do restante do fígado. Tanto a tomografia quanto a ressonância, quando realizadas com contraste, podem demonstrar uma captação de contraste pelo hemangioma. O seu médico irá determinar se há necessidade de solicitar um destes exames.
Cintilografia: Raramente solicitado. É um exame em que se introduz uma molécula radiomarcada em hemácias, que, ao ser introduzido na corrente sanguínea, vão para o interior do hemangioma. Pode ser utilizado para confirmação do hemangioma, mas novamente, raramente é solicitado.
Biópsia do hemangioma: É contraindicada. Raramente pode ser utilizada quando há dúvida diagnóstica.
Extremamente raras. São descritos raros casos de ruptura espontânea em hemangiomas maiores do que 5 cm, ou ruptura devido a um trauma abdominal. Outras complicações mais raras são hemobilia (sangramento para o interior da via biliar), hipertensão portal, trombose no interior da lesão ou da veia cava, causando embolia pulmonar.
O mais importante é estar o mais correto possível no diagnóstico. A quase totalidade dos hemangiomas é assintomática e não requerem tratamento. Quando o paciente tem dor, é importante caracterizar se a dor é realmente do hemangioma.
Pacientes com hemangiomas maiores do que 10 cm devem ser monitorados. Quando maiores do que 15 cm em pacientes sintomáticos, ou com crescimento progressivo, o tratamento cirúrgico pode ser considerado. Outras formas de tratamento podem ser a embolização da artéria que nutre o hemangioma ou até mesmo o transplante hepático.
Por ser uma lesão benigna, com raras complicações, o prognóstico é excelente. O importante é tentar estar o mais certo possível do diagnóstico.
É uma síndrome rara, associada com hemangiomas gigantes. É caracterizada por coagulação intravascular disseminada, dor abdominal e sangramento. Um fator desencadeante para desenvolver esta síndrome pode ser cirurgia abdominal ou procedimentos dentários.
Não existem recomendações para evitar o aparecimento de hemangiomas.