É o crescimento de parte do revestimento interno (mucosa) da vesícula biliar, com aumento da espessura da camada muscular, como pequenos espaços no seu interior, chamados de divertículos intramurais. Não tem relação com adenomas, apesar do nome semelhante.
A causa não está determinada.
Não existe uma causa para o surgimento da adenomiomatose. Existe uma correlação entre a adenomiomatose e pedras na vesícula (colelitíase).
A incidência é menor do que a de pólipos na vesícula. Do total de pessoas que realizam a cirurgia de vesícula seja qual for o motivo, apenas 1% possuem adenomiomatose.
A grande maioria dos pacientes não possui sintomas, e o diagnóstico é realizado de forma incidental. Pode apresentar sintomas semelhantes aos causados por pedra na vesícula (colelitíase).
Existem três tipos de apresentações de adenomiomatose: tipo difuso; tipo localizado; e tipo segmentar, em que um anel espesso divide a vesícula em compartimentos interconectados.
O diagnóstico na maioria das vezes é feito através de exames de rotina, como uma ecografia, ou no exame da vesícula de pacientes submetidos à cirurgia.
Exames de Sangue: Sem alterações. Podem apresentar alterações devido a pedra na vesícula.
Ecografia: Pode diagnosticar a adenomiomatose. Ao ultrassom aparece como um espessamento da parede da vesícula.
Tomografia e ou Ressonância: são indicadas quando existe alguma dúvida diagnóstica. Pode demonstrar espessamento da parede da vesícula e é o principal exame para diferenciar de câncer de vesícula. O seu médico irá determinar se há necessidade de solicitar um destes exames.
Biópsia: Não é indicada.
O que não está completamente elucidado é a relação com câncer de vesícula. A grande maioria dos especialistas não considera como uma lesão pré-maligna. Alguns estudos demonstram que em pacientes com adenomiomatose, aproximadamente 6,4% podem apresentam focos de câncer de vesícula. Outros estudos não demonstraram esta correlação. Pacientes com câncer de vesícula podem ter adenomiomatose em até 25% Mais estudos são necessários para esclarecer a relação entre adenomiomatose e câncer.
O mais importante é estar o mais correto possível no diagnóstico. O tratamento é remover a vesícula quando associado a pedras na vesícula ou quando há suspeita de malignidade. Caso haja suspeita de câncer de vesícula, dever ser tratada como câncer, o que pode necessitar uma cirurgia mais extensa. A adenomiomatose em si, e isolada, não tem indicação cirúrgica.
Não existe um consenso em por quanto tempo e com que frequência um paciente deve ser acompanhado. Caso haja dúvida diagnóstica, pode-se solicitar novo exame de controle com 6 meses. É importante fazer o diagnóstico de forma correta.
A grande maioria dos estudos demonstra que a adenomiomatose não se transforma em câncer, sendo assim, não aumenta o risco de vir a ter um câncer de vesícula.
Não existem recomendações para evitar o aparecimento de adenomiomatose.